Apenas 4 em 10 jovens com até 25 anos completam o Ensino Médio

Publicado em 19/03/2018

De acordo com o estudo, 52% dos jovens entre 15 e 29 anos não estudam nem trabalham ou estudam ou trabalham mas sem carteira assinada.

Imagem da notícia Apenas 4 em 10 jovens com até 25 anos completam o Ensino Médio

O relatório "Competências e Empregos: Uma Agenda para a Juventude" , publicado pelo Banco Mundial (Bird), alerta para os principais desafios que os jovens brasileiros enfrentam no mercado de trabalho. E aponta para um grande fator de impacto nesse processo: a Educação Básica. De acordo com o estudo, 52% dos jovens entre 15 e 29 anos não estudam nem trabalham ou estudam ou trabalham mas sem carteira assinada.

O número representa 25 milhões de jovens brasileiros em risco de desengajamento econômico - aqueles que correm risco de não encontrarem emprego ou ficarem apenas com empregos informais ou de baixa remuneração. Destes jovens, 45% nem estudam nem trabalham, 35% trabalham sem carteira assinada, 11% estudam e trabalham, mas sem carteira assinada e 9% só estudam, mas estão com defasagem idade-série com alto índice de repetência. O estudo aponta que, considerando a retração econômica sofrida pelo país, há urgência em acentuar o foco no engajamento dos jovens na escola e no trabalho. A premissa é que um país que não consegue oferecer oportunidades a seus jovens para que se engajem, construam e apliquem seus talentos e competências encontra-se em aguda desvantagem para sustentar seu desenvolvimento e atingir alta renda ao passar pela última etapa de sua transição demográfica, aponta o relatório. Parte dessa urgência também se dá pela retração econômica do Brasil e envelhecimento da população.  A última onda da transição demográfica do Brasil está chegando ao auge.

Os dados revelam o tamanho do desafio: apenas quatro em dez pessoas com até 25 anos completaram o Ensino Médio. A preocupação vai além da evasão escolar, uma consequência do desestímulo com a escola e alta distorção idade-série. Há ainda a questão da qualidade do ensino e da relevância das competências adquiridas pelos estudantes em sua trajetória escolar. Nesse contexto, o Banco Mundial coloca a importância do desenvolvimento de três tipos de competências considerando as necessidades do mercado de trabalho: cognitivas, técnicas e socioemocionais. O Brasil ainda ocupa um lugar muito modesto em relação aos países vizinhos e pares nos testes internacionais de aproveitamento da aprendizagem, cita o relatório. Embora o desempenho da aprendizagem esteja melhorando no Brasil, o ritmo desse progresso é lento.

Confira o estudo completo aqui.

Fonte: Com informações da Nova Escola