Campanha Salarial: Patrões apresentam proposta que afronta os trabalhadores

Publicado em 05/05/2018

Empresários querem implantar as danosas mudanças da Reforma Trabalhista e tirar a homologação do sindicato

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Foi realizada na última quinta-feira (03) a primeira rodada de negociações da campanha salarial deste ano entre a direção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina e representantes dos empregadores, capitaneado pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) e suas respectivas assessorias jurídicas. O encontro aconteceu na sede do Lions Clube Petrolina Centro.

A reunião foi realizada mais de 90 dias depois do Sintcope apresentar a proposta que inclui reajuste do piso salarial da categoria acima da inflação e manutenção das conquistas relativas às condições de trabalho.  

Além do atraso em dar uma resposta, os patrões colocaram na mesa uma proposta que pode ser considerada um desrespeito aos trabalhadores do comércio, já que não apresenta ganho real de salário e ainda tenta trazer para a convenção, todas as danosas alterações da famigerada reforma trabalhista.

Não tínhamos como aceitar essa enxurrada de alterações que vai prejudicar o trabalhador. Para ter ideia, eles querem que a homologação deixe de ser feita no sindicato. Agora eu pergunto, quem sai perdendo se isso acontecer? Os trabalhadores precisam acordar, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina (Sintcope), Dilma Gomes.

Com tantas propostas que desrespeitam, afrontam o trabalhador e miram apenas o lucro e exploração da mão-de-obra, a direção do sindicato decidiu convocar uma reunião da diretoria para a próxima terça-feira (08), às 18h30, quando o documento entregue pelos patrões será alisado.

A situação exige uma posição da direção e uma reunião com a presença de todos é fundamental, não só pela importância do momento, como pelo impacto que essas medidas vão ter na vida de cada trabalhador, acredita o vice-presidente, Sérgio Lacerda.