Centrais se reúnem, reforçam unidade e definem ações contra desmonte da CLT

Publicado em 26/07/2017

Centrais devem avaliar em profundidade os impactos da reforma trabalhista

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As Centrais Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CSB se reuniram na última segunda-feira (24), em São Paulo, para debater um plano de ação contra a nova legislação trabalhista e a retomada da tramitação no Congresso Nacional da reforma da Previdência. 

Os dirigentes analisaram a situação, os pontos que deixam os trabalhadores mais vulneráveis quanto à retirada de direitos e reafirmaram a unidade das Centrais Sindicais na luta de resistência às mudanças nas relações de trabalho e ao ataque à organização sindical.

O encontro, na sede da Força Sindical, também serviu para avaliar a reunião que algumas Centrais tiveram com o presidente Temer na semana passada.

A Agência Sindical esteve na reunião e falou com vários sindicalistas. O consenso é que as conversas devem continuar, a fim de elaborar uma proposta de medida provisória modificando pontos da reforma trabalhista que entra em vigor em novembro. O objetivo é apresentar o texto ao governo e ao Congresso como posição unitária do movimento sindical. O mesmo será feito em relação ao custeio sindical e à reforma da Previdência.

Segundo o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), nesse momento é preciso definir um projeto unificado. Com uma proposta única conseguiremos chegar com mais facilidade nos trabalhadores das nossas bases. É preciso definir uma ideia de trabalho que sirva para todos", ressalta.

O presidente da CSB, Antonio Neto, reforça que sem unidade sindical não existe a mínima chance de sucesso. "Se for para negociar individualmente, se for para cada Central pensar somente em suas bases, esse governo vai continuar fazendo o que quer. Nossa força está na nossa união.

Para José Calixto Ramos, presidente da Nova Central, a lei trabalhista que entrará em vigor a partir de novembro é um verdadeiro desmonte da CLT. Ela acaba com qualquer relação trabalhista. Deixa os trabalhadores à mercê dos patrões, privatiza e precariza o emprego. Nós não vamos jamais compactuar com isso", frisa.

Estratégia - De acordo com o secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, as Centrais devem avaliar em profundidade os impactos da reforma trabalhista. É preciso definir uma estratégia de resistência eficiente contra a precarização que se instalará no mercado de trabalho. "Não podemos vir com propostas mirabolantes. Temos que definir essas ações com os pés no chão. Temos que encontrar saídas que sejam viáveis", pondera.

Cartilha - Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo (filiado à UGT), diz que é preciso um intenso trabalho de esclarecimento aos trabalhadores. Sobre isso, as Centrais decidiram lançar um jornal explicando a Lei 13.467/2017 aos trabalhadores e os pontos que necessitam ser modificados. (Fonte: Agência Sindical)