Centrais sindicais: Declaração de Mourão sobre o 13o. é descabida e ofensiva

Publicado em 29/09/2018

"Consideramos descabida, ofensiva e lamentável a afirmação (do general)", diz a nota

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As oito principais centrais sindicais brasileiras divulgaram nota, nesta quinta-feira (27), repudiando declarações do general Hamilton Mourão (PRTB). O vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse que o 13º salário é uma "jabuticaba brasileira", uma "mochila nas costas dos empresários" e "uma visão social com o chapéu dos outros".

"Consideramos descabida, ofensiva e lamentável a afirmação (do general)", diz a nota. "Não podemos aceitar, em hipótese alguma, a retirada dos nossos direitos, nem posicionamentos que diminuam o valor do nosso trabalho e que visam aprofundar a desigualdade social".

Leia a íntegra do texto: 

A fala do general Mourão contra direitos trabalhistas revela o que está por traz da candidatura de Bolsonaro: uma candidatura antissocial que deve ser repudiada por toda a classe trabalhadora brasileira!

Consideramos descabida, ofensiva e lamentável a afirmação que o candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamílton Mourão (PRTB), fez nesta 4ª feira, 26, para empresários e representantes de associações e sindicatos patronais, em Uruguaiana, RS, sobre o 13º salário e o adicional de férias. Segundo ele: Se a gente (sic) arrecada 12, como vamos pagar 13 (salários)?. E ainda: É complicado e é o único lugar (o Brasil) em que a pessoa entra em férias e ganha mais.

Tais direitos, desdenhados por ele, foram conquistados após árduas batalhas travadas e constam nos direitos constitucionais. Ao contrário do que disse Mourão, direitos trabalhistas, como o 13° salário, geram empregos e movem a economia justamente porque nela inserem os trabalhadores.

Vamos entregar o controle do nosso País a pessoas com esse tipo de pensamento? Não foi para isto que os trabalhadores e as trabalhadoras lutaram tanto!

Não podemos aceitar, em hipótese alguma, a retirada dos nossos direitos, nem posicionamentos que diminuam o valor do nosso trabalho e que visam aprofundar a desigualdade social.

Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

José Avelino (Chinelo), Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical

Atnagoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

Fonte: Brasil 247