Comerciários aprovam inclusão de vale alimentação na campanha salarial

Publicado em 01/02/2017

Categoria defende implantação de um vale alimentação, no valor de R$ 12/dia

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Na assembleia geral extraordinária, realizada no dia 20 de janeiro, os trabalhadores do comércio aprovaram a pauta que foi encaminhada para negociação com os representantes dos empregadores. No documento, há itens que contemplam aspectos sociais e econômicos que asseguram além de condições saudáveis de trabalho, um reajuste que ameniza os efeitos da inflação no poder de compra do trabalhador.

Dos itens que tratam da remuneração do comerciário, a novidade é a proposta de implantação de um vale alimentação, no valor de R$ 12/dia.  De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina (Sintcope), Dilma Gomes, já tem algum tempo que os trabalhadores demandam essa necessidade.

Temos comerciários que precisam se deslocar a grandes distâncias para fazer suas refeições, tendo inclusive que utilizar o sistema de transporte coletivo que nós sabemos que deixa muito a desejar. Então, entendemos que com um vale-alimentação, o trabalhador vai poder fazer uma refeição com mais comodidade no tempo que a legislação lhe assegura, disse Dilma.

Outro ponto que a presidente do Sintcope chama a atenção é que a alimentação vai além da necessidade fisiológica. Uma alimentação equilibrada, além de oferecer os nutrientes necessários para o funcionamento do corpo é fonte de saúde e bem-estar e com certeza trará benefícios para o trabalhador. E, por consequência, para o ambiente de trabalho, avaliou  a presidente do Sintcope.

Além dos argumentos apresentados, existem muitos casos de empresas em Petrolina que não oferecem o vale alimentação apenas porque não está convencionado na convenção coletiva, mas essas mesmas empresas têm filiais em outras cidades, onde o benefício é pago.

O entendimento de especialistas em gestão corrobora com o pensamento da categoria, no sentido de que a adoção do vale-alimentação, ao fomentar a qualidade de vida e cria um ambiente produtivo.

Outros aspectos econômicos - A proposta que será negociada com os patrões é um piso salarial de R$ 1.100 (o atual é R$ 972) e um reajuste de 10% para o trabalhador que recebe acima do piso da categoria.

Ficou definido ainda um piso salarial de R$ 1.360,70 para o motorista entregador (hoje é R$ 1.237,00). Os valores das diárias de viagem ficaram em R$ 70 (com pernoite) e R$ 50 (dia). A remuneração para os domingos e feriados trabalhados (quando os estabelecimentos estão abertos em atendimento aos clientes) foi definida em R$ 35 a diária mais R$ 15 de lanche.

Também ficou definido que as empresas facilitarão a sindicalização de seus empregados desde que autorizados pelos mesmos, em especial na oportunidade das admissões, descontando 2% (dois por cento) sobre o Salário Mínimo Nacional, fazendo o repasse, até o dia 10 de cada mês.  O não repasse no referido prazo implicará no pagamento da multa de 10% (dez por cento) sobre o valor não repassado à entidade.