Presidente da UGT condena reforma trabalhista em audiência no Senado Federal

Publicado em 04/07/2018

Outro ponto destacado por Patah referiu-se ao duro golpe contra a organização da classe trabalhadora, ressaltando a importância do movimento sindical

Imagem da notícia Presidente da UGT condena reforma trabalhista em audiência no Senado Federal

O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, participou na manhã desta terça-feira (03), da audiência pública da Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET), que aconteceu no Senado Federal, em Brasília.

A Subcomissão, que tem vínculo com a Comissão dos Direitos Humanos (CDH), debate a sistematização do novo estatuto.

Patah ressaltou que a aprovação da reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, foi extremamente danosa para a classe trabalhadora, pois surgiu com promessa de geração de emprego e renda, mas mostrou-se ineficiente e um retrocesso aos direitos trabalhistas, reconhecendo o popular bico e promovendo, de forma legal, o subemprego no País.

Outro ponto destacado por Patah referiu-se ao duro golpe contra a organização da classe trabalhadora, ressaltando a importância do movimento sindical não só para os trabalhadores, mas também de uma forma assistencialista  atendendo a população em lacunas deixadas pelo estado.

Nós do Sindicato dos Comerciários de São Paulo desenvolvemos um trabalho muito bonito em parceria com ITAL UIL – Sindicato dos Aposentados da Itália atendendo crianças da comunidade de Vila Dalva, no Rio Pequeno. A UGT nacional desenvolve também um projeto importantíssimo voltada para os índios da Ilha do Bananal, no Tocantins, que sofrem com os altos índices de suicídio e todo esse trabalho também era subsidiado pelo imposto sindical, explicou o dirigente.

Para Ricardo, o movimento sindical precisava passar por mudanças, mas não da forma que fizeram. Retiraram da noite para o dia a sustentação financeira das entidades, sufocando o movimento. Estávamos dispostos a dialogar e propor mudanças, mas o que fizeram foi tirar as receitas dos sindicatos sem ao menos dar um prazo para adaptação ou um período de transição.

Fonte: UGT