Publicado em 23/01/2017
Tonia Galleti lembrou que o Chile privatizou sua previdência e que muitas empresas quebraram
A reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer (PEC 287) ameaça direitos fundamentais, que estão garantidos na Constituição. O texto atenta contra a ordem social, estabelecida no Título VIII da Carta Magna. O Capítulo 1, Artigo 193, estabelece: A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
A denúncia de que, com a reforma, o governo promove desordem social, foi feita pela advogada Tonia Galleti, que dirige o departamento jurídico do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). Sua fala foi feita quinta (19) à noite durante o programa de TV Repórter Sindical, apresentado pelo jornalista João Franzin.
A coluna vertebral dessa ordem é a seguridade social. Se você desmonta essa coluna, o edifício cede e desaba. E, em vez de ordem, se estabelece a desordem social em larga escala, ela alerta.
A definição de seguridade social vem logo no artigo de abertura das disposições gerais. Seu texto (Artigo 194): A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Para a dra. Tonia, a reforma acaba, exclui ou dificulta o acesso a esses direitos. Na opinião da advogada, que patrocina no Supremo Tribunal Federal causa contra a reforma, a desordem em âmbito nacional empurra grande parcela dos brasileiros, especialmente os idosos, para uma espécie de campo de concentração.
Bancos - Ao responder a perguntas de internautas, a dra. Tonia Galleti lembrou que o Chile privatizou sua previdência e que muitas empresas quebraram, deixando na mão os segurados. O que a reforma de Temer pretende é acabar com a Previdência Pública e transferir recursos a bancos. A meta é privatizar a seguridade social duramente conquistada no processo constituinte, denuncia.
Combate - Além do Sindicato Nacional dos Aposentados, outras entidades - como a Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), lembra Tonia - vêm questionando a reforma e dando combate a muitas de suas maldades. Para a advogada, contudo, é preciso mais união, mais ações e mais enfrentamento por parte das entidades sindicais.
Assista - A entrevista com a advogada Tonia Galleti já está disponível em nosso canal no You Tube e pode ser vista aqui. (Fonte Agência SIndical)