Sintcope denuncia atraso na negociação do piso salarial da categoria

Publicado em 23/04/2018

Mais de 60 dias depois do envio do documento ainda não houve nenhuma rodada para negociação e redação da nova convenção coletiva da categoria.

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Um dia após a realização de assembleia geral extraordinária com os trabalhadores do comércio, ainda no mês de janeiro, foi enviado para a entidade sindical que representa os patrões, o documento com os itens aprovados pela categoria para a negociação da campanha salarial deste ano. Como sempre acontece, a pauta inclui além de questões econômicas, itens a respeito das condições de trabalho e ligados a segurança dos trabalhadores.

Este ano, por exemplo, os trabalhadores aprovaram para a negociação  um piso salarial de R$ 1.100 (o atual é R$ 1.024) e um reajuste de 8% para o trabalhador que recebe acima do piso da categoria.

Mais de 60 dias depois do envio do documento ainda não houve nenhuma rodada para negociação e redação da nova convenção coletiva da categoria. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina (Sintcope), Dilma Gomes, a negociação está atrasada porque ainda não houve nenhuma contraproposta do empresariado para iniciar a mesa de negociação.

"Temos recebido diariamente aqui no sindicato, ligações de trabalhadores em busca de informação sobre o novo piso salarial. Infelizmente não houve negociação ainda porque os patrões sequer enviaram uma contraproposta para negociação", conta Dilma.

Segue a nota do sindicato na íntegra.

Vivenciamos nos últimos anos de diversas tentativas de retiradas de direitos, precarização das relações  de trabalho e desmobilização dos trabalhadores. Como prevíamos durante sua tramitação, a fatídica Reforma Trabalhista produziu um número maior de desempregados e trabalhadores desassistidos em um contexto econômico de crescimento pífio.

Por tudo isso, entendemos que a campanha salarial deste ano é sem dúvida uma das mais difíceis para a categoria dos trabalhadores do comércio de Petrolina. Apresentamos no final de janeiro uma proposta que foi aprovada pelos trabalhadores em assembleia geral extraordinária e infelizmente, mais de 60 dias depois do envio do documento, os representantes do patrões sequer enviaram uma contraproposta. Esse  silêncio desrespeita os comerciários que tem data-base no dia 1º. de março.

Em dois meses não conseguiram realizar uma reunião para analisar nossas propostas? Se estender a negociação para enfraquecer o debate parece  a estratégia dos empresários, convocamos os trabalhadores do comércio a estarem unidos, porque a convenção coletiva vai além do piso salarial, assegura que não sejam retirados direitos.

Esgotadas as possibilidade de diálogo, buscaremos a mediação do Ministério do Trabalho, porque milhares de trabalhadores não podem ficar refém de uma minoria. O sindicato é mais forte quando todos os trabalhadores estão unidos.

A direção