Taxa de desemprego sobe para 13,1% no 1º trimestre do ano

Publicado em 29/04/2018

Em números absolutos, o resultado representa  13,7 milhões de desocupados

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,1% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números absolutos, o resultado representa  13,7 milhões de desocupados. O resultado veio em linha com o Projeções Broadcast que previa  taxa de 12,2% a 13,5%, mas um pouco acima da mediana de 12,9%.

No trimestre móvel finalizado em fevereiro, com 13,1 milhões de brasileiros desempregados, a taxa estava em 12,6%, já mais alta também que no fim do quarto trimestre (11,8%). O confronto entre esses dois trimestres ainda revelou redução de 408 mil pessoas (- 1,2%) no total de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada. Na mesma época de 2017, contudo, o desemprego atingiu o pico, em 13,7%. 

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, nesse período do ano é de se esperar um aumento da desocupação, por causa da dispensa de trabalhadores temporários: Teve um movimento sazonal atuando, mas houve uma dispensa expressiva de trabalhadores e isso, consequentemente, se reverteu em uma perda expressiva de postos de trabalho e no aumento de pessoas na fila da desocupação.

Embora o início do ano seja desfavorável à queda da desocupação, há certa preocupação com o ritmo de recuperação do mercado de trabalho, assim como o da atividade econômica. 

"Ou seja, da mesma forma que temos testemunhado em outros indicadores de atividade recentemente, houve mesmo uma melhora nas condições do mercado de trabalho, mas em um ritmo que continua a contrastar dramaticamente com as expectativas - com as quais não concordamos - de forte crescimento econômico em 2018", escreveram em relatório os economistas Jankiel Santos e Flávio Serrano, do Haitong Banco de Investimento do Brasil.

Fonte: UGT