Uma mão lava a outra e Temer socorre Aécio

Publicado em 13/10/2017

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Os dois protagonistas do golpe de 2016, Aécio Neves e Michel Temer, estão se socorrendo de forma recíproca; de um lado, Temer montou uma operação liderada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), aquele que defendeu o golpe para estancar a sangria, para salvar Aécio; de outro, o tucano escalou seu aliado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) para fazer o parecer que prega a inocência de Temer na Câmara; fica cada vez mais claro que, com o golpe, o Brasil derrubou uma presidente honesta, Dilma Rousseff, para instalar a corrupção no poder – tanto Temer como Aécio foram flagrados nos grampos da JBS.

Acusado de chefiar uma quadrilha que assaltou o estado e rejeitado por mais de 90% da população brasileira, Michel Temer movimenta o resta de sua base aliada para executar uma operação de salvamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG). 

Um dos principais aliados do peemedebista e ainda obrigado a recolhimento noturno pelo Supremo Tribunal Federal, Aécio passou a falar co Temer pelo telefone. 

Segundo a jornalista Andreia Sadi, da Globonews, Temer escalou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para costurar acordos com senadores e salvar Aécio. Aécio ainda conta com auxílio do ministro Antonio Imbassahy (PSDB), articulador político do governo.

Um dos principais aliados de Temer disse à jornalista que o peemedebista "ajuda Aécio, mas com cautela, porque não quer deixar a digital".

Articulador principal do golpe que destruiu a economia e a imagem do País, e alçou Michel Temer ao poder, Aécio pode não se salvar do afastamento em votação no Plenário do Senado. O PT iniciou um novo processo no conselho para que Aécio perca o mandato.

"Existem provas muito robustas de que ele cometeu ilicitudes e procurou destruir o trabalho da Justiça. Ele agiu em discordância com o decoro e, por isso, acho que deva ser afastado de seu mandato. Este deve ser o entendimento do PT. (Antes) o PT estava ao lado de uma tese, não estava ao lado de Aécio", disse o senador Humberto Costa (PT-PE), líder da minoria no Senado, sobre a situação de Aécio.

Com  a decisão do PT, Aécio que somava um apoio estimado em até 50 votos, poderá perder nove preciosos apoios, o que dificultaria a conquista dos 41 necessários para derrubar a cautelar do Supremo. (Fonte: Brasil 247)