Inicio dos anos 1990 alguns trabalhadores movidos pelo sentimento de organizar a categoria comerciária e reduzir o estado de marginalização da classe, iniciaram uma discussão sobre a necessidade de identificar trabalhadores das empresas do comercio de Petrolina, que pudessem organizar um sindicato da classe. As reuniões iniciaram com três comerciários e alguns apoios de pessoas que participavam de outros movimentos de base na sociedade civil organizada. Depois surgiram outros participantes, o grupo pensava em uma discussão mais aprofundada, e identificar trabalhadores que pudessem representar o sindicato. Tinha como ponto de apoio para as reuniões o Palácio Diocesano. Trabalhava com cautela e com a intenção de ampliar a base, logo um amigo do meio das relações de trabalho, informou que havia uma organização de trabalhadores apoiada por uma determinada empresa para fundar o sindicato dos comerciários de Petrolina, sua maior preocupação, era haver interesses diferentes dos da classe comerciaria, pois no meio existia um aposentado que parecia ser usado pela empresa. A assembléia de constituição do sindicato ocorreria na mesma semana em um espaço de lazer na cidade.
Na data prevista para a realização da assembleia, cinco pessoas do grupo compareceram. Lá se encontravam dez trabalhadores de uma mesma empresa e um senhor aposentado que era o responsável para cuidar da papelada de criação do sindicato. Naquela data ocorreria a aprovação do estatuto da entidade, eleição e posse da diretoria. Um membro do grupo se manifestou, apresentou o grupo, e falou da intenção em participar da entidade, propôs que a assembléia fosse suspensa, e marcada nova data, para a criação de comissão, ampliar a discussão na base e não constituir a direção do sindicato composta por trabalhadores de uma única empresa, a proposta foi aceita, e um representante do grupo passou a compor a comissão de articulação. A primeira reunião do grupo ampliado foi marcada.
No dia marcado para a reunião houve a inversão de participação. O grupo propositor da reunião teve muitos membros enquanto que o grupo dos onze estava reduzido ao aposentado. Ele explicou a discordância dos demais membros do grupo em não aceitar a composição e renunciou a intenção de continuar na luta para fundar o sindicato.
No dia 23 de novembro de 1991, em assembléia, comerciários de várias empresas, juntos fundaram o Sindicato dos Trabalhadores do Comercio de Petrolina/PE, aprovaram o e elegeram a Diretoria Provisória.
Foram muitos os enfrentamentos para chegar até aqui. Falta ainda, aos trabalhadores a compreensão do papel do sindicato, como o verdadeiro instrumento de luta, em busca de conquistas na defesa do cumprimento dos direitos da categoria.
Aos trabalhadores é necessário perceber o seu papel e a importância deles no sindicato. É através da participação, com contribuições, sejam: as criticas, sugestões, ou financeiras, anual (obrigatória) e mensal (opcional). A contribuição obrigatória descontada no salário do empregado correspondente ao valor de um dia de trabalho não significa estar sindicalizado.